Be Like a Woman – Um programa que lapida mulheres líderes
Uma pétala seca caiu na mesa, a rosa agora está rejuvenescida, espalha a sua fragrância, sempre consciente de que para ser líder existem sacrifícios, lutas internas, medos e limitações estruturais, que, longe de diminuir o seu poder, apenas o reforçam. Com este sentimento, o programa “Be Like a Woman”, lançado pela Ernst & Young (EY) em colaboração com a New Faces New Voices, refloresce na sua segunda edição, segue pleno e demonstra a cada passo que não é mais do que um simples ciclo de formação; é um espaço onde histórias de vida se entrelaçam, onde experiências são partilhadas e, acima de tudo, onde mulheres se reúnem para se apoiar mutuamente na sua busca por crescimento e liderança.
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Nesta procura, encontramos Amirah Adam, 34 anos, que ainda lembra da primeira vez que se sentiu realmente vista em um ambiente profissional. Como fundadora da Mira Têxteis, sua jornada começou na publicidade, mas foi na estamparia que ela encontrou sua verdadeira paixão. “Quando entrei neste programa, senti que era a oportunidade de me conectar com outras mulheres que também estão em busca de seu espaço”, diz Amirah, com um olhar que mostra a sua firmeza e maturidade. “Aqui, eu não sou apenas uma designer, sou parte de uma comunidade.”
A transformação que Amirah menciona não se limita ao desenvolvimento de habilidades profissionais. Para muitas, como Helena Fanheiro Chicava, natural de Sofala, 40 anos, a participação no “Be Like a Woman” representa uma redefinição de identidade. Ela, que tem uma vasta experiência no ensino superior, decidiu mudar de rumo e agora actua como oficial de género no Parque Nacional da Gorongosa. “Essa mudança não foi fácil. Senti que precisava sair da minha zona de conforto. Aqui, estou cercada por mulheres que também enfrentam seus medos e desafios”, partilha Helena. O exemplo vivo disso é Celma Elizabeth Menezes, de 46 anos, que é uma força vital no programa. Natural de Maputo e mãe solteira de duas crianças, Celma é a mentora e fundadora da Fanelo Ya Mina, um projecto de empreendedorismo social dedicado à igualdade de género. “Encontrei a força na minha luta e na missão construindo o meu projecto”, revela. Para ela, o programa é uma extensão dessa missão, um espaço para aprender e compartilhar.
“O ‘Be Like a Woman’ me fez perceber que posso ser uma líder que transforma não apenas minha vida, mas a de outras mulheres”, reflecte, com gestos leves e uma confiança firme. “Aqui, podemos ser vulneráveis, compartilhar nossas histórias e, ao mesmo tempo, nos fortalecer.”
Os encontros do programa são repletos de risadas, lágrimas e revelações. Durante os workshops, as participantes se desafiam a sair de suas zonas de conforto, a sonhar grande. À medida que o ciclo avança, as participantes adquirem conhecimentos, habilidades, cultivam amizades profundas.
Gladys Gande, gerente sénior da EY e mentora do programa, entende bem o impacto que a união feminina pode ter. “Quando as mulheres se reúnem, criam um espaço seguro para compartilhar suas experiências, suas lutas e suas vitórias. É nesse ambiente que surgem as ideias mais poderosas”, afirma Gladys. Ela sabe que a transformação começa com uma conversa, com um acto de vulnerabilidade.
Gladys está firme, pois “estamos aqui para criar um futuro onde cada mulher possa brilhar à sua maneira. Acredito que, juntas, somos imparáveis”, atira.
Edição 85 NOV/DEZ| Download.
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